Os Nós da Vida

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Os nós que formam-se no trançado de nossas histórias, atrapalham-nos sobremaneira no curso certo de tramas vindouras. Não importa o tempo em que conseguiremos desfazê-los, e sim, a leveza que nos proporciona o seu desatar. Ademais, o sofrimento albergado tanto tempo no nosso íntimo não é em vão. Ele possibilita a dor que esculpe nossas pedras interiores. Mesmo que não entendamos ou aceitemos no momento, as dores têm um propósito transformador, no momento em que nos resgata das algemas frias da frustração, do orgulho, da vaidade e demais vínculos perniciosos que nos prendem ao lodo moral das nossas desvirtuadas ideologias. A aceitação desses momentos, que põem à prova nossa capacidade de contorcionarmo-nos frente às convulsões havidas por fatores diversos, auxilia-nos a travessia para nosso outro lado, mais transformados, mais sábios, mais prudentes.  De resto, é dar continuidade ao curso da vida com a leveza merecida após anos à deriva em vagas conturbadas, tomando o cuidado de não mais ingressar voluntariamente, em veredas escuras e inapropriadas, que nossa razão  identificar como danosas, para não cairmos no erro fatal de reincidência.

Karina Alcãntara

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